quinta-feira, 31 de maio de 2007

À minha sombra

Mesmo nos dias cinzentos, como o de hoje, em que sol pouco espreita, eu sei que ela está lá...
Companheira das muitas horas de viagem e dos longos passos que dou....eu sei que ela está sempre comigo...
Nunca aceita, mas também nunca recusa nada do que dissesse ou fizesse...
É a minha amiga mais leal e presente em todas as horas....
Não se vê, senão em dias de sol, mas eu sei que ela lá está....

Sombras.....

Imaginemos um muro alto separando o mundo externo e uma caverna. Na caverna existe uma fresta por onde passa um feixe de luz exterior. No interior da caverna permanecem seres humanos, que nasceram e cresceram ali.
Ficam de costas para a entrada, acorrentados, sem poder locomover-se, forçados a olhar somente a parede do fundo da caverna, onde são projetadas sombras de outros homens que, além do muro, mantêm acesa uma fogueira.
Os prisioneiros julgam que essas sombras eram a realidade....
Um dos prisioneiros decide abandonar essa condição e fabrica um instrumento com o qual quebra os grilhões. Aos poucos vai se movendo e avança na direcção do muro e o escala, com dificuldade enfrenta os obstáculos que encontra e sai da caverna, descobrindo não apenas que as sombras eram feitas por homens como eles, e mais além todo o mundo e a natureza.
(in Alegoria da Caverna, Platão)