quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

LILIPUTIANO

Tentaste telefonar-me durante todo o fim-de-semana. Apesar do número não identificado, sabia que eras tu mas não compreendia o que ainda teríamos para dizer um ao outro. Ou melhor, o que ainda terias para dizer-me. Pensei em inúmeras situações, mas principalmente imaginei que querias estar comigo (erro meu pensar tal coisa).
Na segunda-feira, depois de tantas tentativas, e com a desculpa de que poderia ser algo realmente importante, atendi a tua chamada.
A tua voz ressoou na minha cabeça como o som de mil trompetas. Fui acordada para a vida, fui despertada do meu sonho. Já não te conheço. Aquilo que vivemos passou-te completamente ao lado. Já não sei quem é aquela pessoa com quem estive a falar 1o minutos de coisas tão absolutamente suas que fazem com que me sinta a pior das mulheres.
Tu não me fazes bem.
Criaste no meu imaginário uma figura linda de mulher e deitaste tudo a perder com a tua altivez, com a tua ambição, enfim, com a tua indiferença. Ao contrário do que possas pensar nós não somos amigos, nunca fomos, nem nunca iremos ser. Os amigos querem-se bem, fazem bem, sabem bem. E tu, meu caro, serás a partir deste momento mais do que um inimigo. Serás algo para me lembrar o quão importante eu sou e o quão liliputiano tu és...

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Meu amor

"Não existirei sem ti", dizes-me tu em voz doce quase cantada de tão melodiosa que soa. Mas tu não sabes o que dizes. A tua existência não faz de mim um Deus, nem decidirá a tua presença na Terra. Somos apenas dois seres humanos. Não tenho o dom da ubiquidade, nem sou sibila, não faço feitiços, nem sou fada. A tua vida nunca dependerá da minha só porque nos amamos. Amor é dividir, é contribuir com algo para o outro, é na partilha e na entrega que somos maiores, que existimos. E assim somos tão grandes...meu amor...