quarta-feira, 20 de maio de 2009

Quero-te...

Quero levar-te daqui,
quero sair deste meu casulo,
quero sentir o teu cheiro
e colar o meu corpo ao teu,
quero contornar as tuas curvas
e vislumbrar cada centimetro da tua pele,
quero abarçar-te devagar
como quem se agarra a uma manta num dia de chuva,
quero beijar-te
e elevar os meus pés do chão,
quero-te agora,
quero-te já sem paz,
quero-te com toda a paixão...

quarta-feira, 13 de maio de 2009

Fora do Pegulhal...

Quero acreditar que todas as pessoas têm direito à diferença.
Porquê julgar os outros quando temos "telhados de vidro"? Qual é necessidade que temos de viver como carneiros?
Nunca vou conseguir controlar tudo aquilo que dizem de mim, lá isso é verdade. Nem sei se quero saber, efectivamente, o que dizem da minha pessoa pelas costas. No entanto, detesto aquele ar inquisitivo quando digo algo que não se compadeça com aquilo que os outros pensam. Mas porque raio é que eu tenho de ser igual a eles?
Uma fulana trintona não pode ter determinado tipo de comportamentos que é logo sujeita aos mais diversos comentários. Eu, pelo menos, não vivo numa realidade podre. Sou aquilo que sou e ponto final. Não vou modificar-me pelo outros, nem vou pensar da mesma forma que eles só para fazer bonito.
Querem ser carneiros? Sejam. Mas não julgem os outros por serem diferentes. A frustação chegará a todos a uns mais cedo e a outros mais tarde mas chegará.
Eu só quero ser feliz e cada um vive a sua felicidade à sua maneira. Por isso é que cada dia que passa menos direi de mim e menos quero saber dos outros...

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Encadeados

Depois de ter desmarcado os meus encontros e de deixar a vida social intensa para trás (estou a tentar ironizar porque de intensidade percebo pouco), dei por mim, sozinha, a vaguear (Sim, só pode mesmo ser vaguear porque continuo a procurar, sendo certo que também não sei bem o que é que procuro).
Soube-me bem ter ficado sozinha. A companhia é, por vezes, necessária mas não é fundamental. Somos seres naturalmente individuais e egoístas (vê-se pelas relações).
Com esta conversa toda e a propósito de "procuras", lembrei-me agora de um filme que vi há pouco tempo chamado "My Blueberry Nights", em que a personagem Elisabeth (protagonizada pela Norah Jones) percorre a América durante um ano à procura do verdadeiro amor e só percebe que ele está mesmo ali ao lado no final do filme. Lembro-me, há alguns anos atrás, um amigo meu me ter dito que só teríamos a percepção do amor da nossa vida quando estivessemos a morrer. Despropositado, convenhamos. Não faz sentido descobrir, no momento da minha morte, quem afinal amei durante toda a minha vida. Nem faz sentido que, "quase do outro lado", venha a concretizar esse amor. Há aqui uma impossibilidade objectiva.
O melhor é continuar à "procura" ou, então, esperar que esteja mesmo ali ao lado...